Brasil, EUA, Argentina, Filipinas e outros países tiveram ações nesta 5ª feira.
Ativistas afirmam que espécie sofre com constantes ataques de pescadores.
Manifestantes protestaram nesta quinta-feira (1º), diante das embaixadas do Japão em vários países, contra a caça aos golfinhos praticada no país asiático, a qual consideram sanguinária.
Em Washington, nos Estados Unidos, cerca de 20 pessoas se reuniram em frente à representação diplomática japonesa, exibindo cartazes com a inscrição "Os golfinhos querem viver".
Protestos similares foram realizados em outras cidades do mundo como Londres, Roma, Estocolmo, Manila, Buenos Aires e São Paulo, onde nesta quinta-feira manifestantes com cartazes utilizaram a Avenida Paulista para mostrar que também são contrários às ações de pescadores japoneses.
Protesto realizado nesta quinta-feira (1º) em frente à embaixada do Japão na cidade de Washington, nos Estados Unidos (Foto: Jim Watson/AFP)
Manifestantes com cartazes na Avenida Paulista, em São Paulo (Foto: Terra Britto/Futurapress)
Na capital norte-americana a ativista Kerri Shaw colou no corpo uma tela, com sequências do filme "The Cove", documentário ganhador do Oscar, que lançou luz sobre esta prática. Katie Arth, organizadora do protesto juntamente com o grupo Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais (Peta, na sigla em inglês), destacou que a caça dos golfinhos era motivada em parte pelo lucro, pois os animais são vendidos a aquários de todo o mundo.
"É um grande impulso sobre porque continua sendo praticado, porque é tão rentável. E as pessoas podem fazer algo a respeito, não indo a nenhum lugar onde golfinhos atuem e contatando a embaixada", afirmou.
Ativistas com capacetes no formato de golfinhos realizam protesto nas Filipinas
(Foto: Ted Aljibe/AFP)
Sem consciência
O ativista Taylor Mason disse que a maioria dos japoneses não era consciente da matança de golfinhos, praticada na cidade de Taiji (oeste), onde geralmente se evita que a imprensa cubra a caçada. "A principal forma de quebrar o círculo de silêncio é através de ações como estas e através da discussão para que se saiba, não só no Japão, mas também nos Estados Unidos e em outros países, que não é bom ver golfinhos se apresentar e treiná-los", disse Mason.
A cada ano, os pescadores de Taiji encurralam cerca de dois mil golfinhos em uma baía isolada, escolhendo algumas poucas dezenas para a venda a aquários e parques marinhos, e apunharam os demais até a morte, por causa da carne, em um massacre que tinge as águas de vermelho. Os pescadores de Taiji defendem a caça como uma tradição cultural e, quando "The Cove" foi exibido no Japão, gerou protestos de ativistas conservadores.
*Com informações da France Presse
Ativista segura cartaz em Buenos Aires, capital da Argentina, contra matança de golfinhos no Japão (Foto: Enrique Marcarian/Reuters)
Fonte: G1
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