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quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Após chegar a São Paulo, leão passará por bateria de exames

Antuak, novo nome de Simba, deixou zoo desativado em Ivinhema (MS).
Ele está em 'quarentena' para aumentar a imunidade.

O leão Simba, agora rebatizado de Antuak, está em uma jaula separada dos demais felinos até que os exames necessários sejam realizados (Foto: Raphael Prado/G1)

O leão Simba, que vivia num zoológico desativado em Ivinhema (MS), a 297 km de Campo Grande, foi rebatizado de Antuak - que significa "energia da transformação" - e já está em seu novo lar, em Cotia, na Grande São Paulo, onde passará por uma bateria de exames.

Cravada no meio da mata de um sítio a cerca de 40 km do Centro de São Paulo, a Associação Santuário Ecológico Rancho dos Gnomos tem 25 mil m² de área onde Antuak irá conviver com outros 14 grandes felinos: um tigre, uma onça e mais 11 leões.O animal está numa jaula separada, em quarentena, até que passe por uma bateria de exames. "Ele está em adaptação porque, por pior que fosse o antigo lugar em que morava, tirá-lo de lá é uma mudança grande", diz a veterinária Kelli Spitaletti, que cuida do animal. Ela é uma dos 12 funcionários do Rancho dos Gnomos, que tem mais de 300 animais - entre araras, papagaios, jabutis, emas e porcos. São mais de cem cachorros e 40 gatos.

Antuak nasceu em um circo. Por volta dos 2 anos, foi entregue ao zoológico de Ivinhema (MS), fechado pela prefeitura local por falta de condições de cuidar dos animais. Lá permaneceu por mais ou menos dez anos. A partir dessas contas, os técnicos do Rancho dos Gnomos calculam a idade do animal: cerca de 12 anos.

A suspeita é que Antuak tenha algum problema na coluna. Ele não quis descer sozinho da jaula móvel que o trouxe para São Paulo e caminha com dificuldade com as patas traseiras. Em cerca de 30 dias, deve fazer uma radiografia para determinar as causas dessa dificuldade de locomoção. Antes disso, ele ainda não tem condições de passar por uma anestesia. É preciso esperar que a imunidade do leão aumente.


Mantras e flora

A veterinária Kelli diz que todos os animais que chegam ao Rancho dos Gnomos sofreram algum tipo de maus-tratos. Para mudarem completamente de vida, segundo ela, ganham um novo nome. "Quando fomos buscá-lo, ele não queria entrar [na jaula]. Então fizemos um exercício grande com o Mantra de Antuak e ele entrou", diz, explicando o novo nome do animal.

O Rancho do Gnomos é uma ONG mística que cuida dos animais. "A gente tem uma proteção muito grande do Plano Sutil. A gente consegue tratar os leões, em alguns procedimentos, sem anestesia", acrescenta a médica, que, como todos do corpo técnico do Rancho dos Gnomos, é vegana - não come nenhum alimento de origem animal.

Enquanto a reportagem do G1 conversava com a veterinária e tirava fotos do leão, um técnico chegou com o almoço e a "medicação": dois frangos inteiros e uma dose de florais, "para melhorar o ânimo" de Antuak, segundo Kelli. Em menos de cinco minutos, nada sobrou da comida. A água com o floral ele deixou para mais tarde.


Manutenção dos animais

Para cuidar de todos os animais no Rancho dos Gnomos, a ONG conta com a ajuda de associados, que pagam uma mensalidade a partir de R$ 15, o trabalho voluntário de alguns técnicos e patrocínios de empresas, geralmente de produtos veterinários.

Há seis anos a cidade de Ivinhema (MS) solicitava ao Rancho dos Gnomos que recebesse Antuak - à época, Simba. Sem condições de bancar o traslado, a ONG não foi buscá-lo. Até que uma campanha na internet, feita nas redes sociais, conseguiu o patrocínio de uma empresa aérea e uma seguradora, e possibilitou a viagem do animal. O Rancho dos Gnomos existe há quase 20 anos em Cotia (SP).

Fonte: G1

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